quinta-feira, 26 de março de 2009

Orientações para leitura da obra de Machado de Assis

Atividades

Pesquisar na produção de Carlos Drummond de Andrade um poema dedicado a Machado de Assis " A um bruxo, com amor" e levar para a sala na semana de 30 de março a 4 de abril.

Dom Casmurro

Ler o capítulo I - Do título - para descobrir o motivo do nome dado ao livro.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Novo Acordo Ortográfico- Algumas mudanças

O novo acordo ortográfico

Pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa essas são as novas formas de se escrever. O documento unifica o idioma em todos os países que o adota e começa a valer hoje (1º) no Brasil. Até dezembro de 2012, a forma atual também é aceita. O resumo tem como colaboradora a professora Stella Bortoni, linguista da Universidade de Brasília (UnB). Confira:
ALFABETO
Hoje tem 23 letras, agora passa a ter 26. O k, w e y voltam ao alfabeto oficial, porque o acordo entende que é um contra-senso haver nomes próprios e abreviaturas com letras que não estavam no alfabeto oficial (caso de kg e km). Além disso, são letras usadas pelo português para nomes indígenas (as línguas indígenas são ágrafas, mas os linguistas estudiosos desses idiomas assim convencionaram). Na prática: nenhuma palavra passa a ser escrita com essas letras - “quilo” não passa a ser “kilo” - por serem “pouco produtivas” ao português, na opinião da linguista.
SOMEM DA ORTOGRAFIA
Trema: somem de toda a escrita os dois pontos usados sobre a vogal “u” em algumas palavras, mas apenas da escrita. Assim, em “linguiça”, o “ui” continua a ser pronunciado. Exceção: nomes próprios, como Hübner.
Acento diferencial: também desaparecem da escrita. Portanto, pelo (por meio de, ou preposição + artigo), pêlo (de cachorro, ou substantivo) e pélo (flexão do verbo pelar) passam a ser escritos da mesma maneira. Exceções: para os verbos pôr e pode - do contrário, seria difícil identificar, pelo contexto, se a frase “o país pode alcançar um grande grau de progresso” está no presente ou no passado.
Acento circunflexo: Desaparece nas palavras terminadas em êem (terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo de crer, ver, dar…) e em oo (hiato). Caso de crêem, vêem, dêem e de enjôo e vôo.
Acento agudo:1 - Nos ditongos abertos éi e ói, ele desaparece da ortografia. Desta forma, “assembléia” e “paranóia” passam a ser assembleia e paranoia. No caso de “apóio”, o leitor deverá compreender o contexto em que se insere – em “Eu apoio o canditato Fulano”, leia-se “eu apóio”, enquanto “Tenho uma mesa de apoio em meu escritório” continua a ser escrito e lido da mesma forma.
2 - Desaparecem no i e no u, após ditongos (união de duas vogais) em palavras com a penúltima sílaba tônica (que é pronunciada com mais força, a paroxítona). Caso de feiúra.
USO DO HÍFEN
Deixa de existir na língua em apenas dois casos:
1 - Quando o segundo elemento começar com s ou r. Estas devem ser duplicadas. Assim, contra-regra passa a ser contrarregra, contra-senso passa a ser contrassenso. Mas há uma exceção: se o prefixo termina em r, tudo fica como está, ou seja, aquela cola super-resistente continua a resistir da mesma forma.
2 - Quando o primeiro elemento termina e o segundo começa com vogal. Ou seja, as rodovias deixam de ser auto-estradas para se tornarem autoestradas e aquela aula fora do ambiente da escola passa a ser uma atividade extraescolar e não mais extra-escolar.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A Língua como fenômeno social de interação verbal
Na concepção de linguagem de Bakhtin, a língua é vista com um fenômeno social, histórico e ideológico, no qual “a palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial”. (1991: 95) Para ele, a verdadeira essência da linguagem é a interação verbal, realizada pela enunciação. Aprender a falar significa aprender a construir enunciações.
A língua, em seu uso prático, está vinculada ao seu conteúdo ideológico, sendo assim, seus signos são variáveis e flexíveis, apresentando um caráter mutável, histórico e polissêmico.
Bakhtin defende uma abordagem histórica e viva da língua, de forma que o sentido da palavra é totalmente determinado por seu contexto. Em outras palavras, o enunciado é de natureza social e a prática viva da língua se dá por meio da comunicação verbal concreta.
Na verdade, a língua não se transmite; ela dura e perdura sob a forma de um processo evolutivo contínuo. Os indivíduos não recebem a língua pronta para ser usada; eles penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar. É apenas no processo de aquisição de uma língua estrangeira que a consciência já constituída – graças à língua materna – se confronta com uma língua toda pronta, que só lhe resta assimilar. Os sujeitos não “adquirem” sua língua materna; é nela e por meio dela que ocorre o primeiro despertar da consciência. (Bakhtin, 1981:108)
Na concepção de Bakhtin, a realidade concreta e dinâmica da língua não permite que os falantes se interajam com a linguagem como se esta fosse um sistema abstrato de norma. A língua está em constante evolução por meio das interações verbais dos interlocutores.
Por conceber o homem como um ser histórico e social, compreende a linguagem sob a perspectiva da situação concreta, considerando a enunciação e o contexto. É no contato entre a língua e a realidade concreta, via enunciado, que a palavra pode expressar um juízo de valor, uma significação, uma expressividade. O significado é construído no discurso e essa construção envolve os participantes, a situação imediata ou o contexto mais amplo.
O enunciado é uma atividade real de comunicação verbal, delimitado pela alternância dos sujeitos falantes e que termina por uma transferência da palavra ao outro. (cf. id. ibid., p. 293). O aspecto mais importante da constituição do enunciado é a possibilidade de resposta que ele proporciona, uma vez que ele se elabora em função do outro.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Falando sobre Literatura

"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio." ( COUTINHO, Afrânio. Notas de teoria literária. 2. ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978. p. 9-10)